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nuvens azuis;

by - 17:45




Se existe em mim uma certeza é de que eu jamais passaria por essa vida sem escrever. E olha, tem sido assim. Posso ficar dias sem tocar uma palavra, mas estou escrevendo mentalmente, tenham certeza. Já escrevi sobre tanta coisa: sobre o amor, sobre sexo, sempre sobre a vida.

Depois que Lennon nasceu, o tempo ficou mais curto, mas o sentimentos continuam intensos. Há um outro olhar sobre tudo, eu confesso.

Nos últimos quatro anos que antecederam a maternidade, eu trabalhei muito, viajei igualmente, curti festivais de rock, visitei cidades pacatas, reuni a família tanto quanto pude, fortaleci minhas emoções e larguei meu coração na frente.

Aliás, ele sempre esteve na frente, oras.

Depois que a maternidade chegou, algumas vontades foram embora, algumas permaneceram mais fortes e outras nasceram como um rio: quero mais tempo para organizar meu canto, quero mais fotos espalhadas pela casa, quero mais de nós na mobília, nos corredores e nas vigílias que envolvem as insônias do Lennon.

Quero estar onde nunca estive.

Quero deixar o que sou, o que somos [Guilherme e eu], o que trazemos e o que agregamos:  literatura, músicas, documentários e aqueles filmes que te deixam lições.

Eu quero livro de histórias infantis ao invés de presentes impensados. Eu quero reunir só os de coração forte. Afetos invisíveis já não me comovem nenhum pouco.

E eu quero escrever sobre tudo. O diário da maternidade ainda em branco, me aguarda. Ele soube esperar. Mas já é hora de começar a plantar experiências ali.


* Imagem: Weheartit






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